28 de junho de 2014

Abertura da Bienal: quando a qualidade das obras dá razão ao investimento na Arte

Foram esta tarde entregues os prémios aos quatro vencedores da 8ª edição da Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, e as sete menções honrosas, no Salão Nobre do Município de Vila Verde, perante uma plateia composta por personalidades relevantes da cultura regional. Sobressairam os elogios ao Município de Vila Verde, por investir na cultura, mantendo ativa uma das poucas Bienais de Arte Jovem que acontecem nesta região da Europa. Segundo o júri de premiação, a oitava edição assinala uma evolução da qualidade das obras expostas! A exposição estará patente ao público, gratuitamente, até 12 de julho, na Biblioteca Municipal Prof. Machado Vilela.

Carlos Alberto Mendes da Silva com a obra 'Mudo de janela como quem muda de País' e Vitor Manuel Reis Pinto da Silva, com 'Grotesque', foram os dois vencedores da Bienal de Arte de Vila Verde, partilhando, pela primeira vez neste certame, o Grande Prémio Bienal internacional de Arte Jovem de Vila Verde, entregues pelo presidente do Município de Vila Verde, Dr. António Vilela e pela vereadora da cultura, Dra. Júlia Fernandes. O facto, inédito, não foi exclusivo do maior prémio. Na categoria Jovem revelação (menos de 20 anos) também foram distinguidas duas obras: 'Let it Be' dos alunos da Escola Monsenhor Elísio Araújo - e um dos vencedores d'A Bienal na Escola - e 'Respirar uma Paisagem', de Juliana Julieta Pedrosa Ferreria, prémios entregues pelo representantes do Secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Dr. Ivo Santo e pelo diretor regional do IPDJ, Dr. Manuel Barros.

"Sabemos que o juri não teve uma tarefa fácil na escolha dos vencedores deste concurso. Os artistas tiveram coragem em concorrer, mas aqueles que não ganharam não devem desistir. Deixo uma palavra de incentivo para esses talentos. Desistir não é próprio dos jovens", incentivou o presidente da entidade organizadora da Bienal, o Município de Vila Verde. Dr. António Vilela revelou qual o objetivo do executivo ao 'insistir' na realização da Bienal: "Queremos, com esta iniciativa, continuar a abrir portas de oportunidade aos jovens e sabemos que a arte é uma das mais poderososas formas de o fazer", explicou. "Neste processo são fundamentais os parceiros, que aceditam neste conceito e nos apoiam na sua concretização", salientou, referindo-se aos mecenas principais desta ação, o Banco BPI e a Prebuild Africa.

Citando Fernando Pessoa, a vereadora da Cultura, Dra. Júlia Fernandes, expressou o seu sentimento em relação à Bienal: "Só a Arte é útil. Crenças, exércitos, impérios, atitudes, tudo isso passa. Só a arte fica, por isso só a arte se vê, porque dura". Salientando os "Trabalhos deslumbrantes que provam que não há limites para a criativdade e a imaginação", a responsável pelo pelouro da cultura reafirmou que "as portas do Município estarão sempre abertas para a cultura e a arte", terminando com uma nova citação, de Simone de Bovoire, "É na Arte que o Homem se ultrapassa, definitivamente".

Um dos maiores apoios à concretização deste certame tem sido o prestigiado artista plástico, Luís Coquenão que, seguindo a linha orientadora expressada pela vereadora da cultura, concordou que "A arte é útil". "Como dizia Fernando Pessoa, a Arte é aquilo que dura e o tempo vai dando razão", acrescentou Coquenão.

Confessando o seu desconforto no papel de jurado, o pintor justificou-o dizendo que "competição é uma palavra dura no mundo da arte". "Hoje em dia não se fala de arte, mas em atitude artística, ou seja, a responsabilidade pelo conhecimento, que é traduzido através da criatividade inidividual. Por isso, não me é confortável comparar o que é incomparável", acrescentou o pintor que alertou para a responsabilidade futura do Município de Vila Verde, "que agora integra a rede das Cidades Educadoras, na gestão futura que fará do concurso, pressupondo incluídos e excluídos". Mas acima de tudo, Luís Coquenão salientou o interesse que a Câmara Municipal de Vila Verde empresta à arte: "o facto de esta Bienal acontecer é por si só revelador".

Após a entrega dos prémios a exposição das obras foi inaugurada com uma visita guiada pelo coordenador artístico da Bienal e a possibilidade de os visitantes poderem privar com os autores das obras expostas, que marcaram presença nesta cerimónia.

A Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde está patente o público, gratutiamente, de segunda a domingo, nos horários das 9h00 às 18h30 (segunda a sexta), das 15h00 às 22h00 (sábados) e das 15h00 às 19h00 (domingos), com visitas guiadas nos dias 3,4, 10 e 11 de julho, até encerrar, a 12 de Julho.

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